sábado, 26 de novembro de 2011

Óbvio, né? Dã!

Algumas pessoas acham que ser inteligente é não fazer perguntas, observar e concluir. Entretandto, peerceber as coisas rápido nem sempre é ver as coisas como elas SÃO, às vezes só se vê o que PARECE SER. 

Aquela perplexidade da criança que pergunta "por que? por Que?", querendo saber como, onde, quem , as causas por trás dos efeitos, e as causas das causas, num saudáel e relevador exercício de investigação de uma realidade sempre nova, essa perplexidade muitas vezes é deixada de lado cedo demais. As pessoas acabam concluindo com base em indícios, tomam como verdade os pedaços de pensamento que lhe são apresentados para consumo, rapidamente juntam A com B e obtêm conclusões que consideram como manifestação de sua notável inteligência. Experimente perguntar a estas pessoas se o que parece ser A é mesmo um A. Eles e elas dirão:

- Óbvio, né! Dãh!

Nem sempre a verdade é óbvia, o óbvio pode ser uma ilusão, e esta desconfiança não o torna uma pessoa lerda ou burra. Pode ser que após percorrermos o caminho reflexivo do questionamento, após investigar os fundamentos da verdade que nos é apresentada, acabemos por concluir que o que o rápido processador de pensamentos ao nosso lado estava certo. Mas sabemos que em uma situação o onde o pensador de linha de montagem seria ludibriado, nós tivemos um olho clínico para descobrir a farsa. Atalhos podem ser perigosos, o lobo mau prestidigitador de pensamentos pode estar à  sua espreita, Chapéuzinho Vermelho. 

Aquele A, na verdade era um 4 com uma sujeirinha em cima. Tão rápido você viu o "óbvio" que nem percebeu a diferença.

A Unanimidade é burra!
Nelson Rodrigues

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